A educação de crianças com necessidades especiais tem sido muito
discutida nos últimos tempos. É uma questão bastante importante e que todos
nós, professores ou não, temos que conhecer.
A partir de movimentos internacionais e da própria Lei de Diretrizes e
Bases (LDB), surgiu no Brasil um forte movimento defendendo o direito à
educação para todas as crianças, independentemente de classe, etnia ou gênero, incluindo aquelas que apresentam significativas
diferenças físicas, sensoriais e intelectuais, decorrentes de fatores inatos ou
adquiridos, de caráter temporário ou permanente, e que apresentam, portanto,
necessidades educacionais especiais.
Até bem pouco tempo, as crianças eram chamadas de “deficientes” e eram atendidas
em salas ou escolas diferenciadas, separadas das escolas para alunos “normais”.
Hoje, já não se aceita mais esta nomenclatura: são crianças portadoras de
necessidades especiais e, segundo o artigo 58 da LDB, a educação destes alunos
deve ocorrer, preferencialmente, na rede regular de ensino.
Podemos dizer que um aluno tem necessidades educativas especiais quando a
sua deficiência ou a sua imperfeição física ou psicológica não lhe permite
atingir, da mesma forma que os outros, aquilo que lhes é ensinado normalmente
na escola.
Estes alunos necessitam de um complemento educativo especializado com o
objetivo de promover o seu desenvolvimento e sua aprendizagem, utilizando todo
o seu potencial:
– Físico;
– Intelectual;
– Criativo;
– Emocional;
– Espiritual;
– Social.
Contudo, ter necessidades educativas especiais não significa sempre
deficiência física ou intelectual. Qualquer um de nós, numa dada altura da
nossa vida, podemos necessitar de um apoio suplementar para ultrapassar
determinadas barreiras que se nos apresentam na aprendizagem.
A abordagem da problemática da deficiência deve e tem de ser
mais positiva em termos de direitos humanos. A intenção de ajudar tem um papel
fundamental na socialização do indivíduo, daí que a opção seja não alimentar
dicotomias: normal/anormal; mas superá-las, avançando com a alternativa das
necessidades individuais, ou melhor, das necessidades educacionais especiais e
favorecendo suas potencialidades em detrimento de suas limitações.
O que
precisamos, antes de tudo, é de sensibilização, empatia e de um pouco de bom
senso. O primeiro passo seria que todos os brasileiros, independente de serem
ou não professores, tomassem consciência de que essas crianças têm os mesmos
direitos que todas as outras, ou seja, devem ter uma educação compreendida como
capaz de garantir a satisfação das necessidades básicas e essenciais ao seu
processo de desenvolvimento físico, emocional, psicológico e social.
Neste
contexto, torna-se essencial fomentarmos a luta para que a política de inclusão
seja efetivamente praticada, principalmente no tocante à capacitação dos
professores, ampliação de recursos a serem utilizados, acessibilidade, apoio à
família destes alunos e uma melhor valorização dos profissionais que fazem o
atendimento educacional especializado.
Ronaldo Tavares
Psicólogo/Especialista em Saúde
Mental
Membro do Núcleo de Atendimento
Pedagógico Especializado – NAPE
Jijoca de Jericoacoara-CE
Contatos: (88) 9978-3220
(Consultório particular)
E-mail:
ronaldopsico1311@hotmail.com
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