sexta-feira, 24 de maio de 2013

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DEVER DE TODOS!




A educação de crianças com necessidades especiais tem sido muito discutida nos últimos tempos. É uma questão bastante importante e que todos nós, professores ou não, temos que conhecer.
A partir de movimentos internacionais e da própria Lei de Diretrizes e Bases (LDB), surgiu no Brasil um forte movimento defendendo o direito à educação para todas as crianças, independentemente de classe, etnia ou gênero, incluindo aquelas que apresentam significativas diferenças físicas, sensoriais e intelectuais, decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, de caráter temporário ou permanente, e que apresentam, portanto, necessidades educacionais especiais.
Até bem pouco tempo, as crianças eram chamadas de “deficientes” e eram atendidas em salas ou escolas diferenciadas, separadas das escolas para alunos “normais”. Hoje, já não se aceita mais esta nomenclatura: são crianças portadoras de necessidades especiais e, segundo o artigo 58 da LDB, a educação destes alunos deve ocorrer, preferencialmente, na rede regular de ensino.
Podemos dizer que um aluno tem necessidades educativas especiais quando a sua deficiência ou a sua imperfeição física ou psicológica não lhe permite atingir, da mesma forma que os outros, aquilo que lhes é ensinado normalmente na escola.
Estes alunos necessitam de um complemento educativo especializado com o objetivo de promover o seu desenvolvimento e sua aprendizagem, utilizando todo o seu potencial:
  Físico;
  Intelectual;
  Criativo;
  Emocional;
  Espiritual;
  Social.
Contudo, ter necessidades educativas especiais não significa sempre deficiência física ou intelectual. Qualquer um de nós, numa dada altura da nossa vida, podemos necessitar de um apoio suplementar para ultrapassar determinadas barreiras que se nos apresentam na aprendizagem.
A abordagem da problemática da deficiência deve e tem de ser mais positiva em termos de direitos humanos. A intenção de ajudar tem um papel fundamental na socialização do indivíduo, daí que a opção seja não alimentar dicotomias: normal/anormal; mas superá-las, avançando com a alternativa das necessidades individuais, ou melhor, das necessidades educacionais especiais e favorecendo suas potencialidades em detrimento de suas limitações.
O que precisamos, antes de tudo, é de sensibilização, empatia e de um pouco de bom senso. O primeiro passo seria que todos os brasileiros, independente de serem ou não professores, tomassem consciência de que essas crianças têm os mesmos direitos que todas as outras, ou seja, devem ter uma educação compreendida como capaz de garantir a satisfação das necessidades básicas e essenciais ao seu processo de desenvolvimento físico, emocional, psicológico e social.
Neste contexto, torna-se essencial fomentarmos a luta para que a política de inclusão seja efetivamente praticada, principalmente no tocante à capacitação dos professores, ampliação de recursos a serem utilizados, acessibilidade, apoio à família destes alunos e uma melhor valorização dos profissionais que fazem o atendimento educacional especializado.

Ronaldo Tavares
Psicólogo/Especialista em Saúde Mental
Membro do Núcleo de Atendimento Pedagógico Especializado – NAPE
Jijoca de Jericoacoara-CE
Contatos: (88) 9978-3220 (Consultório particular)
E-mail: ronaldopsico1311@hotmail.com

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